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terça-feira, 6 de novembro de 2007

Nunca toca o chão


Segredos inarticuláveis
Impossíveis para os mundos particulares
Uma lógica inversa
A verdade pelo seu único ângulo
A vida em 360°
Uma face ambígua com o nada
A morte como o ápice de uma vida que sempre insiste
A realidade se mostra efêmera
Construída com o mesmo material dos sonhos
E tudo reage a ela
É tudo tão habitual que até parece real

O leão se reconhece no reflexo das águas da consciência
Rugindo ele quebra as correntes do condicionamento
Se levanta em duas patas em busca do horizonte
O clarão de um raio oferece um lampejo do caminho
A criança se ergue do fundo de seu coração
Inocente e sábia se curva em um gesto de gratidão
O tempo perde os seus sentidos
O sol nasceu pela última vez
Ela está a espera do seu último se pôr
O ciclo se interrompeu
A vida transcendeu
E tudo não passou de um floco de neve se dissipando no ar.

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