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segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Verbo intransitivo

A vida é um verbo. Não no sentido gramatical, mas no sentido existencial.
Todo substantivo traz em si a máscara do ego. Não passa de um conceito.
Viver é ser presente. É reconhecer que agora é o ÚNICO momento que existe e que aqui é o ÚNICO lugar.
Esse momento é eterno e ter consciência disso muda a qualidade das coisas.
Não se pode desperdiçar o eterno. Cada momento é um eco, uma propagação, uma onda... Cada momento é único e pede uma ação.
A ação é algo criativo, nada tem a ver com reação. Criatividade é o que a vida pede, é o que justifica sua insistência.

" A vida nunca levanta as mesmas questões; por isso a pessoa instruída nunca acerta o alvo."

Cada momento pede totalidade de ser, pede originalidade, coragem e liberdade.
Essa é a beleza da vida. É a graça de se viver.
O paradoxo da vida é maravilhoso: Tudo é sempre eterno e tudo é sempre novo!
Portanto o "caminho" não é importante, os passos são importantes...chegar é incerto demais.

Importante é a qualidade que se emprega ao caminhar!

Caminhar é verbo, é vida. Pense:
O que acontece depois que se chega? O que vem depois que o caminho acaba? O que foi feito com a vida gasta por esse caminho?
Em um sentido essencial, todos os caminhos convergem em um mesmo lugar ao passo que qualquer caminho serve se não se sabe onde se quer chegar.
O caminho é uma ilusão.
Aqui/Agora é só o que existe. Não tem onde se chegar.
Vida = intervalo entre dois vácuos.
É um floco de neve se desmanchando no ar, não toca o chão, desaparece da mesma forma que apareceu.
O que importa não é onde se quer chegar e sim o estado em que se está. Não há onde ir, só há como ser.
Tudo é a aventura do caminhar. Viver é se aventurar! A ação é essencial a vida. O caminho é substantivo, é efêmero, feito do mesmo material que os sonhos.
A existência não é um caminho, tudo se trata de uma viagem interna que ignora o tempo e o espaço em que você está.
Não pergunte como, não pergunte onde, apenas seja.

" A vida não tem obrigação de confirmar suas conclusões"

Liberdade não é poder escolher, concluir. Liberdade é não ter o que escolher, é ser dentro do que já é. O essencial já é, não há como escolher, não há o que escolher.
Tudo não passa de um intervalo entre a expiração e a inspiração, quando o tempo para e você é.
Não importa o que sou, só o que faço, o que estou sendo, a ação. Sou é estático. Sendo é dinâmico, é ação, é vida!


Simplesmente sendo eu faço do meu sorriso o reflexo da minha natureza. As cores que vejo saem dos meus olhos e as minhas palavras do meu coração.
Com paz de espírito eu reconheço os meus estados, não me identifico e me mantenho no centro.
Minha leveza e liberdade vem da forma como me posiciono, do fato de saber que somente eu sou responsável por minhas variações e de agir conforme a minha essência.
Tenho confiança na vida, sei onde estou.
A vida é um rio, é um fluxo que sempre tende ao mar. Não importa o caminho, o rio sempre se torna um com o oceano. Eu não tenho com o que me preocupar. Aonde quer que eu esteja eu já estou no meu lugar.



"O essencial é invisível aos olhos"...aos olhos que olham para fora!

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