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segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Ligações perigosas

Um copo furado e meio aguado
Um sorriso pela metade e uma dor de cabeça que insistia em dizer.
Dor que me deixava consciente e que evitava o efeito de um quarto...
Real era o perigo que a dor me mostrava
Perigo de tentar compor com notas inversas, com energias opostas
Verdadeiro é o silêncio que diz tudo, igual à um telefone mudo
E de tudo só resta o cheiro. O cheiro do momento.
Cheiro de metal do tipo que não suporta chuva
Cheiro de chave
Chave que se guarda no peito e que me abre portas
Portas que não me são úteis

Eu não tenho como sair
Eu sempre estive fora.

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