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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Não faça do hábito um estilo de vida...

Algumas coisas na vida têm seu valor esquecido.
Tudo se mistura à rotina e a gente se acostuma, fica anestesiado.
Falamos demais em verdades, sinceridade, amizade...
Gastando as palavras nós raleamos os sentimentos que elas nos despertam, que elas representam, e tudo vai perdendo a intensidade.
Falar não é sentir.
Falar não é ser.
Nem sempre o que está sendo dito foi sentido ou faz sentido.
O que se diz nem sempre corresponde ao que é.
O céu não vai deixar de ser azul porque resolveram dizer que ele é verde.
Palavras são só palavras. Mas elas também são sintomáticas e a cada combinação se desperta um estado e por isso, com as palavras, há de se ter cuidado.
As palavras aceitam qualquer colocação, podem ser postas em qualquer posição, falseando a intenção. É por isso que falar exige qualidade já que as palavras aceitam ser qualquer bobagem e isso quando não são sacanagem.
Aprender que a verdade não pode ser relativa é uma questão de sobrevivência e quando entende-se isso, as palavras atingem seu destino por excelência.
Quando se conhece o valor da verdade e não se age com ela, ela atua como um veneno, fica tudo falso e superficial e em doses homeopáticas o encanto de se viver vai morrendo. É uma morte inconsciente, só se percebe quando tudo já perdeu a cor. Como tudo está em branco e preto já não se consegue mais distinguir um lago de um charco e mesmo quem sabe nadar pode se afogar ou com as lágrimas se engasgar.
Aos poucos a gente vai sendo cada vez mais tolerante, começamos a ficar insensíveis às demonstrações de falta de caráter alheias e tudo se torna normal para não dizer banal.
Com algumas coisas não se pode abrir concessão, a sua honra não está em consignação.
Nós nos acostumamos com as nossas próprias misérias assim como nossos olhos se habituam à escuridão.
Mas quando a luz vem, os olhos doem como forma de lembrar o poder que ela tem.
Com a verdade também é assim. Ela aparece para iluminar as situações e a gente começa a ver que nem tudo são flores ou se são, passamos a ver seus espinhos. Aí nos lembramos dos nossos antigos valores...


Com o perdão da palavra:

Pra puta que pariu quem mentiu, quem não tem coragem de dizer a verdade. Pra quem se enrosca em tanta falsidade e há muito tempo não sabe o que é sentir algo de verdade!


!Cuide do sentido e os sons das palavras cuidarão de si mesmos."_diz a Duquesa à Alice !

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